sexta-feira, 8 de abril de 2011

Madrugada de silêncios.





O dia há muito que adormeceu, encostou-se, exausto, à noite que radiante o acolheu e fria e gelidamente se impôs aos poucos silenciam-se as gentes e aqui e ali caem os dominós de luzes e acolá distanciam-se os ruídos deambulantes da vida de uma cidade fecho os olhos e o silêncio sorri-me, amadrugada traz silêncios absolutamente imaculados, quebrados apenas pelas melodias das estrelas compostas em partituras de constelações que ecoam pela imensidão do firmamento, no silêncio, as dúvidas e os medos aclaram-se na limpidez cristalina dos sons emudecidos pelo nada que acontece e é perdida nesse fluir de sensações e pensamentos que saio de mim para me sentir em plenitude e e me encontro nos caminhos sinuosos do meu eu. passou uma hora. ou será que foram duas? não sei! perdi a noção do tempo neste encontro de razões onde me partilho convosco no conforto desta madrugada de silêncios feita de sorrisos e amor.

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